Muitas pessoas tem dúvidas a respeito da troca de óleo, troca-se o óleo pela km ou a cada 6 meses? você sabe?. Pessando nisso estamos publicando uma entrevista com o jornalista Ricardo Lopes, que estuda sobre mecânica a mais de 20 anos e já se aventurou como piloto participando até do Rali Paris-Dakar. Vamos as perguntas dos internautas que ele respondeu:
01 - Devo trocar o óleo a cada 6 meses mesmo que não complete a km recomendada para a troca de óleo?
O produto em si, quando na embalagem lacrada e armazenada de maneira correta, tem validade indeterminada. Porém, quando adicionado ao motor do carro, deve ser observado o limite de km conforme o tipo de óleo e a recomendação do fabricante do veículo. É muito importante, porém, fazer a troca mo período máxima de 6 meses, mesmo que a km recomendada ainda não foi atingida.
02 - O fabricante do carro me recomenda trocar o óleo de 5 a 8 mil km enquanto o fabricante do óleo diz 20 mil km. O que devo fazer?
As empresas de lubrificantes elaboram produtos com especificações variadas para atender todos os modelos no mercado e também prazos de troca mais alongados. Porém, ressalvam que a especificação do fabricante do carro é quem manda, independentemente se o óleo é mineral ou sintético. Mesmo se o óleo tiver algum diferencial sofisticado, como nos modelos de competição, o manual é rígido na recomendação, ou seja, o melhor é seguir o que manda o fabricante do carro.
03 - Quando da troca de óleo do motor há necessidade de colocar aditivo?
Se você utiliza um óleo de boa procedência e que atenda às especificações do fabricante do carro, não há a necessidade de colocar aditivos complementares. Os lubrificantes recomendados pelas marcas já possuem todos os componentes necessários para o bom desempenho do motor. Para alguns casos específicos, como motores mais rodados ou já comprometidos, os aditivos conferem uma sobrevida, mas somando ao custo de um bom óleo, não compensa.
03 - Posso complementar com óleo mineral um motor abastecido com óleo sintético?
Nunca, pois as especifícações entre os óleos são muitos diferentes. Desse modo, os dois não irão se misturar adequadamente e algumas partes do motor ficarão sem lubrificação. Além disso, aumenta exponencialmente a chance de formar borras (carbonizar excessivamente). Não misture óleos de especificações diferentes.
04 - É verdade que para cada faixa de km o óleo é diferente e varia de preço?
Não há diferença, isso é conversa fiada de frentista de posto para cobrar mais. O produto está lá para ser colocado em carro com 10, 20 ou 50 mil km, sem distinção. Entretanto, motores mais rodados, acima de 100 mil km, podem utilizar produtos específicos, com óleos para alta km (mais grossos) ou complementares, se for notado algum dano, batida de pino ou algo do gênero. Esses óleos de especificações diferentes podem custar um pouco mais caros.
05 - Qual a melhor maneira de substituir o óleo, pelo método de sucção ou pelo tradicional(soltando o parafuso do cárter)?
Na verdade, o ideal seria a soma dos dois. Mas, na vida real, o melhor é o método tradicional de soltar o parafuso do cáter. O método de sucção é mais rápido, porém não retira todo o óleo usado do motor.
Fonte: g1.globo.com/carros