Razia e navegador Eckel conquistaram o 5º lugar
na categoria Super Production e se destacaram pela regularidade ao longo dos
sete dias de disputa e também pela confiabilidade do modelo da montadora
japonesa.
Luiz Razia completou com sucesso sua primeira participação
no Rally dos Sertões no último sábado (8). A 23ª edição da segunda maior prova
do off-road mundial foi cheia de novidades, com o prólogo e largada no asfalto
do Autódromo de Goiânia e roteiro inédito em direção ao sul do país, com
chegada em Foz do Iguaçu, no Paraná. Para o piloto baiano, que competiu ao lado
do navegador Luís Felipe Eckel a bordo do Suzuki Jimny, o saldo foi muito
positivo. A dupla subiu ao pódio ao conquistar o 5º lugar na categoria Super
Production, e ficaram em 16º na classificação geral entre 40 carros.
“Completar minha primeira participação no Rally dos
Sertões com um pódio foi ótimo, mais do que esperado até. Foi uma grande
aventura, com muitos desafios e aprendizados, em que o objetivo principal era
focar no desenvolvimento do Jimny. Foi muito legal o momento da chegada também,
subimos na rampa com toda a equipe e comemoramos!”, disse Razia.
A competição teve um total de 2.917 quilômetros,
sendo 1.487 de trechos cronometrados, e passou pelos estados de Goiás, Mato
Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Um fato curioso é que Razia/Eckel foram uma
das três duplas entre as 40 totais que não tomaram nenhuma penalização ao longo
do percurso. “Meu navegador era muito bom. Toda
noite estudávamos toda a planilha juntos, destacávamos as zonas de radares,
então estávamos bem preparados para o roteiro do dia seguinte. Tivemos uma
ótima sintonia e isso foi fundamental para o nosso bom resultado”, diz Razia.
Essa foi apenas a segunda participação do Suzuki
Jimny no Sertões. Para a montadora japonesa, o objetivo era usar a prova como
laboratório de testes para o desenvolvimento do carro, e a meta foi superada. “Os
únicos carros que ficaram na nossa frente na categoria tinham o triplo da
cavalaria do nosso carro. Chegamos ao fim de todas as etapas sem problemas,
andamos bem forte, mas sempre com o risco controlado. Conversei bastante com o
Marcelo (Mendes), que já tinha corrido no ano passado, e o carro melhorou muito, principalmente na
suspensão, freio a disco, saltava melhor nas lombas e mata-burros”, explicou o baiano de 26 anos. A outra dupla da
Suzuki, formada por Marcelo Mendes e Breno Resende, ficou com o 6º lugar na
categoria.
“O legal é que todo
dia nós conversávamos sobre o carro, víamos quais as peças que se desgastavam
mais e precisam de um reforço. O carro se mostrou muito confiável, com uma boa
longevidade, e atraiu o interesse de muitos competidores. Ainda falta um certo
aperfeiçoamento, mas com certeza o propósito do carro foi cumprido. É um carro
muito legal de guiar, com manutenção praticamente mínima e bem acessível”,
comentou o baiano sobre o desenvolvimento do Jimny.
Com vasta experiência nas principais competições
internacionais, como GP2, Formula 1 e Indy Lights, Luiz Razia falou sobre as
principais dificuldades e aprendizados dessa aventura. “A
minha maior dificuldade foi não andar 100% o tempo todo, pois é algo
contraditório para os pilotos. Mas no Rally dos Sertões, o risco é muito
grande, de sair da pista, sofrer algum acidente, ou ainda quebrar o carro.
Então tivemos que cuidar do carro, pois são sete dias de muitos desafios e
terrenos diversos. Tinham trechos sinuosos, muitas descidas com lombas. É
preciso saber dosar, se controlar, e isso é ainda mais difícil num carro que
está apto para fazer tudo isso. Estava muito atento ao que o navegador me
falava, ele me controlou bastante, especialmente em trechos que não conseguia
ver direito, então foi muito bom."
“O maior aprendizado foi
competir com um carro 4×4, que tem uma guiada bem diferente, saber saltar da forma
certa com o carro, passar por riachos, entre várias outras coisas. Foi uma
experiência bem legal, e já estou ansioso para a próxima prova!”, completou Razia.
Via: Cross Brasil
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